Mote
Às vezes você me pergunta
Por que é que eu sou tão calado,
Não falo de amor quase nada,
Nem fico sorrindo ao teu lado.
Voltas
Não sei qual o anjo que me maquiou
Se foi o do tempo ou o da morte
Que deixou minha cara assim
Cara de quem, teve pouca sorte
Fico calado e parecendo um sábio
Engulo o choro e aguento a dor
Faço poemas com cheiro de almíscar
Parecendo alguém que entendeu o amor
A vida eu mesmo que me fiz assim
Foi tudo que vi coisas lindas e insanas
Os homicídios que vejo no noticiário
Cenas de amor em novelas mexicanas
A cada dia que passa viro mais pedra
Não deixo nada me afetar como antes
Fiquei duro escondi os gestos de ternura
De pedras rijas no fogo nascerão diamantes
Nem essa maquiagem de zumbi angelical
Nem mesmo uma máscara de lucha libre
Esconderia esse olhar de bicho acuado
De alguém que sonhou um dia ser livre
Sempre estamos presos a alguma coisa
Agora estou preso em minhas lembranças
Mulheres que me amaram e que não amei
Quando eu era criança entre as crianças
Alguns sonhos realizei em outros frustrei
Tomei banho de estrelas fiz gol de bicicleta
Fiquei parado vendo o amor pegar o bonde
Às vezes não sabemos o que é a coisa certa
Frescor de terra molhada pela chuva
Cheiro de relva, campari, laranja partida
Dogs, um solo de David Gilmour
Devia ter botão de pausa na vida
Deitado em seu colo, calado, olho o horizonte
Estou bem, na verdade, estou muito bem
Ouvindo você falar, sem prestar atenção
Te amo em silêncio, te amo também
Mote retirado da música Gitá de Paulo Coelho e Raul Seixas
quarta-feira, 31 de julho de 2013
segunda-feira, 29 de julho de 2013
Sinto muito, amor. Nosso amor não virou arte!

Nem tudo que amo
É arte ou verso e vice-versa
Você meu uni-verso
imagem retirada do site wikimedia commons
File: Descanso do modelo. jpg
Author: halley pacheco de oliveira
Imagem de uso livre e distribuição
Os urubus pelo menos esperam você morrer

Não olham pra você
Mas pro que podem tirar
Com riso e elogio
Imagem retirada do site: wikimedia commons
File: uruburei4.jpeg
author: raroma
imagem de domínio público
quarta-feira, 24 de julho de 2013
Eu, eu mesmo e Irene
Meu nome é Irene
Sou eu
Eu mesmo
De aspecto rústico e covarde
Dócil, em verdade
Vítima por várias vezes
Da tirania humana
Humilhado publicamente
Usado como um exemplo
Fico meio neutra a tudo
O caminho do meio oriental
Me magoei, relevei e esqueci
Eu apenas deixei, sorri
Deixei que me humilhassem
Que me matassem, pisassem
Mas em casa eu chorei, sofri
Mas eu mesmo gritei, cuspi
Mandei pra puta... se ferrassem
Não tô nem aí, que se lascassem
Eu mesmo revidei, briguei, ofendi
Vivo em verdade um pseudônimo
Alma fugaz, alma perene
De mim ortônimo e heterônimo
Eu, eu mesmo e Irene
Minha inteligência é mediana
E isso faz bem pro governo
Assisto a passeatas na tv
Ansiosa pela novela
Triste e alegre como um filme
A vida é bela
Rumino casos de amor
E a fala de personagens menores
Gente-formiga trabalha-procura açúcar
Eu paguei calado o imposto
Aceitei a falta de contrapartida
Como um fera acuada e ferida
Com sorriso embaçado no rosto
Eu mesmo perdi a paciência
Com pedra e fogo fui pra rua
Sou navalha cortante na carne crua
Eu mesmo protesto com violência
Vivo em verdade um pseudônimo
Alma fugaz, alma perene
De mim ortônimo e heterônimo
Eu, eu mesmo e Irene
Escrevi crônicas de pasquim
Bobagens bobas do dia-a-dia
Poemas de amor infantis
Notícias da moda budista
Horóscopo da semana passada
Receita de arroz com feijão
Algo meio como o céu azul
Não digo bonito, nem perfeito
Algo bem conhecido e aceito
Eu escrevi o que todos queriam ler
O que diz a gramática e a linguística
Pra aumentar no meu blog a estatística
O que a crítica disse que eu tinha que ser
Eu mesmo sempre escrevi a estranheza
Poemas torpes como um soco na boca
Poemas-beijo de uma ninfa virgem louca
Te toco com algo podre ou de pura beleza
Vivo em verdade um pseudônimo
Alma fugaz, alma perene
De mim ortônimo e heterônimo
Eu, eu mesmo e Irene
O amor até que me veio cedo
Mas veio com a rotina do dia-a-dia
Não deixe, Roberto, tudo mudar lentamente
Ainda somos os mesmos
E não vivemos como nossos pais
O mundo foi quem mudou
Ficou mais agressivo com o amor
Hoje as cenas de romantismo
Não me fazem chorar como outrora
Eu aceitei o amor esfriar no prato
Me resignei com a periodicidade sexual
Aprendi a exaltar o bem perdoar o mal
Sem beijo, na última cena do último ato
Eu mesmo amei feito um louco loucamente
Só me serve o amor que no corpo é brasa
Paixão, tesão, frescor, teu corpo é casa
Eu mesmo me entrego amor totalmente
Vivo em verdade um pseudônimo
Alma fugaz, alma perene
De mim ortônimo e heterônimo
Eu, eu mesmo e Irene
Sou eu
Eu mesmo
De aspecto rústico e covarde
Dócil, em verdade
Vítima por várias vezes
Da tirania humana
Humilhado publicamente
Usado como um exemplo
Fico meio neutra a tudo
O caminho do meio oriental
Me magoei, relevei e esqueci
Eu apenas deixei, sorri
Deixei que me humilhassem
Que me matassem, pisassem
Mas em casa eu chorei, sofri
Mas eu mesmo gritei, cuspi
Mandei pra puta... se ferrassem
Não tô nem aí, que se lascassem
Eu mesmo revidei, briguei, ofendi
Vivo em verdade um pseudônimo
Alma fugaz, alma perene
De mim ortônimo e heterônimo
Eu, eu mesmo e Irene
Minha inteligência é mediana
E isso faz bem pro governo
Assisto a passeatas na tv
Ansiosa pela novela
Triste e alegre como um filme
A vida é bela
Rumino casos de amor
E a fala de personagens menores
Gente-formiga trabalha-procura açúcar
Eu paguei calado o imposto
Aceitei a falta de contrapartida
Como um fera acuada e ferida
Com sorriso embaçado no rosto
Eu mesmo perdi a paciência
Com pedra e fogo fui pra rua
Sou navalha cortante na carne crua
Eu mesmo protesto com violência
Vivo em verdade um pseudônimo
Alma fugaz, alma perene
De mim ortônimo e heterônimo
Eu, eu mesmo e Irene
Escrevi crônicas de pasquim
Bobagens bobas do dia-a-dia
Poemas de amor infantis
Notícias da moda budista
Horóscopo da semana passada
Receita de arroz com feijão
Algo meio como o céu azul
Não digo bonito, nem perfeito
Algo bem conhecido e aceito
Eu escrevi o que todos queriam ler
O que diz a gramática e a linguística
Pra aumentar no meu blog a estatística
O que a crítica disse que eu tinha que ser
Eu mesmo sempre escrevi a estranheza
Poemas torpes como um soco na boca
Poemas-beijo de uma ninfa virgem louca
Te toco com algo podre ou de pura beleza
Vivo em verdade um pseudônimo
Alma fugaz, alma perene
De mim ortônimo e heterônimo
Eu, eu mesmo e Irene
O amor até que me veio cedo
Mas veio com a rotina do dia-a-dia
Não deixe, Roberto, tudo mudar lentamente
Ainda somos os mesmos
E não vivemos como nossos pais
O mundo foi quem mudou
Ficou mais agressivo com o amor
Hoje as cenas de romantismo
Não me fazem chorar como outrora
Eu aceitei o amor esfriar no prato
Me resignei com a periodicidade sexual
Aprendi a exaltar o bem perdoar o mal
Sem beijo, na última cena do último ato
Eu mesmo amei feito um louco loucamente
Só me serve o amor que no corpo é brasa
Paixão, tesão, frescor, teu corpo é casa
Eu mesmo me entrego amor totalmente
Vivo em verdade um pseudônimo
Alma fugaz, alma perene
De mim ortônimo e heterônimo
Eu, eu mesmo e Irene
segunda-feira, 22 de julho de 2013
Será que foi eu quem me fez assim?

Desmonta-se em si
Homem coisa pós moderno
Homem de si artífice
imagem retirada net
Author da foto desconhecido
Autor da escultura Nathan Sawaya
quarta-feira, 17 de julho de 2013
Menos de nós dois...
Mote:
Vem cá, me deixa fugir
Me beija a boca
Hoje eu quero sair só
De dia ajo, de noite sinto
De noite sou, de dia minto
Preciso ir, olhar estrelas olhares
Cato-me alma dispersa, lugares
Café com haxixe, riso e absinto
Preciso sem siso só
vinho tinto]
Vem cá, me deixa fugir
Me beija a boca
Hoje eu quero sair só
Fica em casa mulher amada
Passe um batom, me espere deitada
Vou soltar pipa, contar histórias
Rir com as putas, bêbados, escórias
Me espere banhada, rindo, desarmada
Homem de verdade chora só
madrugada]
Vem cá, me deixa fugir
Me beija a boca
Hoje eu quero sair só
Não penses que fui fazer algo errado
Sou calmo, furtivo, meio desengoçado
E à noite, um chopp, passo despercebido
Penso num poema que tem me acontecido
Não sei certas coisas com você ao meu lado
Preciso só me sentir, um pouco só
tenho pensado
Vem cá, me deixa fugir
Me beija a boca
Hoje eu quero sair só
O orvalho, a neblina, a névoa, o jasmim
As luzes fraquejam balão de cristal carmesim
É hora de voltar, pra tudo que eu não deixei
Você teve um pesadelo, mas não te acordei
Você é daquelas que sempre dizem sim
Por isso te amo e te deixo só
o melhor de mim]
Vem cá, me deixa fugir
Me beija a boca
Hoje eu quero sair só
Mote retirado da música: "Hoje eu quero sair" só de Lenine
Vem cá, me deixa fugir
Me beija a boca
Hoje eu quero sair só
De dia ajo, de noite sinto
De noite sou, de dia minto
Preciso ir, olhar estrelas olhares
Cato-me alma dispersa, lugares
Café com haxixe, riso e absinto
Preciso sem siso só
vinho tinto]
Vem cá, me deixa fugir
Me beija a boca
Hoje eu quero sair só
Fica em casa mulher amada
Passe um batom, me espere deitada
Vou soltar pipa, contar histórias
Rir com as putas, bêbados, escórias
Me espere banhada, rindo, desarmada
Homem de verdade chora só
madrugada]
Vem cá, me deixa fugir
Me beija a boca
Hoje eu quero sair só
Não penses que fui fazer algo errado
Sou calmo, furtivo, meio desengoçado
E à noite, um chopp, passo despercebido
Penso num poema que tem me acontecido
Não sei certas coisas com você ao meu lado
Preciso só me sentir, um pouco só
tenho pensado
Vem cá, me deixa fugir
Me beija a boca
Hoje eu quero sair só
O orvalho, a neblina, a névoa, o jasmim
As luzes fraquejam balão de cristal carmesim
É hora de voltar, pra tudo que eu não deixei
Você teve um pesadelo, mas não te acordei
Você é daquelas que sempre dizem sim
Por isso te amo e te deixo só
o melhor de mim]
Vem cá, me deixa fugir
Me beija a boca
Hoje eu quero sair só
Mote retirado da música: "Hoje eu quero sair" só de Lenine
terça-feira, 16 de julho de 2013
Não deixe o mundo afetar o que há dentro de você

No meu coração
Reconstruo o que foi destruido
Amor. Nada é em vão
imagem retirada do site: http://commons.wikimedia.org
File: Tsunami hit lebak.jpg
Author: usgs
imagem de domínio público
Cuidado com a paixão que chega sem avisar...

Avassalador
Tem paixão que é tsunami
No final só dor
imagem retirada do site: http://commons.wikimedia.org
File: Tsunami hit lebak.jpg
Author: usgs
imagem de domínio público
sábado, 13 de julho de 2013
Um poeta no Rock - Syd Barret
Hoje
é o dia mundial do rock e escolhi essa data pra lançar um novo
quadro no meu blog que receberá marcador de blog “Um poeta no
rock”. Rock e poesia são coisas tão subjetivas que não cabe
dizer porque razão o rock atrai tanto os poetas ou porque rock e
poesia se dão tão bem. Muitas coisas são intrínsecas tanto do
rock como da poesia: a liberdade, a irreverência, a digressão, a
transgressão, a juventude mental, a coragem, a busca insaciável do
novo... poderia botar mais umas cinquenta e tantas coisas afins entre
o rock e poesia-poema-poeta.
Pois
bem, muitos de nós já ouvimos várias e várias vezes que fulano é
o “poeta do rock”. Na verdade não sabemos quem na verdade é “O
poeta do rock” porque vários já ganharam esse título ou alcunha,
de tão comum que se tornou: Syd Barret, Kurt Cobain, John Lennon,
Renato Russo, Pete Townshend, Bob dylan, Lou Reed, Ian Curtis... e
por aí vai. Nossa intenção não é eleger “O cara” todos eles
deram uma contribuição poética para o Rock and Roll, mas queremos
tentar mostrar por que um cara desse já recebeu a denominação de
poeta. O que há nas letras desses artistas que o destacaram para
fora do circulo do rock e pode incluí-los no mundo das letras?
Vamos
procurar abordar exclusivamente a obra escrita desses artistas para
conhecer um pouco do trabalho poético desses caras e o primeiro da
lista e o escolhido que irá fazer a abertura do nosso novo quadro é
ninguém mais ninguém menos que o nosso querido: Syd Barret. Gênio?
Louco? Criador do Pink Floyd? Poeta? Drogado? Visionário? Artista
inovador?
Syd
Barret anda longe de ser uma unanimidade em qualquer coisa, mas esses
blog é meu? Esse texto é meu? Essa opinião é minha? E sim, Syd
Barret era um gênio! Chamo de gênio qualquer pessoa ou artista que
crie algo novo, que lance as bases de algo ainda não criado, que se
sobressaia no modo de ver e compor algo e foi exatamente isso que Syd
fez, algo genial. Syd Barret implantou ideias na formação do
Pink Floyd que ultrapassaram as barreiras da banda e do próprio
rock. Suas ideias consistiam em misturar poesias de caráter
simbolista e estética surreal nas imagens das letras e da banda,
criatividade na utilização dos instrumentos e de outros recursos
sonoros, som imagem surreal + letra simbolista = psicodelismo; então
não é à toa que ele é chamado o pai do psicodelismo. As ideias de
Barret foram usadas e abusadas por outras bandas, outros artistas,
outras expressões artísticas, permeou o Pink Floyd e todo o
posterior rock chamado de progressista.
O
ideal é que colocássemos uma biografia antes de qualquer coisa, pra
economizar meu tempo e meu espaço, vá na wikipédia. Isso num foi
legal, mas tô falando de rock pow! A coisa mais relevante que
considero na biografia de Syd é a família desestruturada o que ao
meu ver além de afetar a psique de Barret fez com que ele
mergulhasse na arte ainda mais, visto que escrevia, tocava guitarra e
pintava. Desde jovem ele apresentava o típico comportamento
isolacionista comum em gênios da poesia.
Então
vamos ao que interessa, poesia nua e crua colocada em cima de sons
psicodélicos veja esses quartetos de Syd bem armados estruturalmente
e com rimas paralelas:
Bob Dylan's Blues
Got
the Bob Dylan blues
And
the Bob Dylan shoes
And
my clothes and my hair's in a mess
But
cha know I just couldn't care less
Go
on write me song
'Bout
what's right and what's wrong
'Bout
God and my girl and all that
Quiet,
while I make like a cat
Effervescing Elephant
And
all the jungle took fright,
and
ran around for all the day and the night
but
all in vain, because, you see,
the
tiger came and said: "Who me?!
A
temática desse texto(Effervescing Elephant) é demais; um tigre que
assusta toda a floresta, mas na verdade devora apenas o elefante,você
já imaginou isso na letra de um rock?
Outro
aspecto estilístico muito usado por Barret a rima repetida por três
vezes no poema:
no final dos versos
and
every time I hear a growl
I'll
know the tiger's on the prowl
and
I'll be really safe, you know
ou
no meio deles
It is Obvious
growing
together, they ('re) growing each either
no
wondering, stumbling, fumbling
The
gnome
Wining,
dining, biding his time
And
then one day – hooray!
Obs:chamamos
de eco a repetição dentro do verso.
A
repetição é um recurso muito usado por Syd:
“Maisie,
Maisie, Maisie, Maisie...
bad
luck, bride of a bull”
Veja
agora uma combinação fantástica de fonemas na poesia Arnold Layne
ou letra de música se preferir:
“Collecting
clothes
Moonshine,
washing line”
Veja
toda a plástica de aliteração em Collecting clothes
e mais a brilhante combinação de monshine que combina com
waSHIng e ao mesmo tempo com LINE.
Observando
as estruturas dos versos e rimas, mais a utilização de recursos
estilísticos bem próprios da poesia clássica, podemos dizer que
Syd era um escritor instruído e de aptidão clássica. Acredito
firmemente que Barret era fã dos escritores franceses( eu também
srsrsrsr), por questões não só de estilos mas algumas temáticas
bem peculiares, suponho que tenha lido os clássicos Baudelaire e
Rimbaud. Por exemplo, a temática chave de uma estação no inferno
de Rimbaud é a visita a um lugar poético onde ele experimenta tanto
os prazeres como horrores indo do céu ao inferno literalmente. Veja
então a tradução de um pedaço de Wined and dined de Barret.
Wined
and dined, oh it seemed just like a dream!
Girl
was so kind.
kind
of love I'd never seen
only
last summer, it's not so long ago...
just
last summer, now musk winds blow...
tradução:
Bebido
e jantado, ah isso parece ser um sonho!
Garota
foi tão gentil.
Tipo
de amor que eu nunca vi
Apenas
no ultimo verao, não faz muito tempo...
Apenas
no ultimo verao, agora sopram ventos de almíscar...
E
agora o mestre Rimbaud:
Olmos
sem voz, relva sem flores, céu aberto! -
Que
podia beber nessas amareladas cabaças, longe. de
[minha
choupana
Querida?
Um licor de ouro que faz transpirar?
Agora
a porra ficou séria, você já ouviu falar em Carpe Diem, curtindo a
vida adoidado, e o famoso Fugere Urbem, outra estética clássica.
Pois bem, vamos colocar a tradução de The Gnome, onde um gnomosinho
esquisito mora no campo e curte a vida e o presente sem muitas
preucupações e com roupas coloridas. E quando você acabar de ler
me diga: esse gnomo é ou não é o Syd Barret?
O Gnomo
Quero
te contar uma história
Sobre
um homenzinho
Se
eu puder
Um
gnomo chamado Grimble Crumble
E
pequenos gnomos que ficam em suas casas
Comendo,
dormindo, bebendo vinho
Ele
vestia uma túnica escarlate
Um
capuz azul esverdeado
Que
parecia lhe cair bem
Ele
teve uma grande aventura
No
meio do gramado
Ar
fresco finalmente
Bebendo
vinho, jantando, passando o tempo
E
então um dia - hurra!
Uma
outra forma para os gnomos dizerem
Oh
meu
Olhe
para o céu, olhe para o rio
Não
é bom?
Olhe
para o céu, olhe para o rio
Não
é bom?
Bebendo
vinho, encontrando lugares para ir
E
então um dia - hurra!
Uma
outra forma para os gnomos dizerem
Oooooooooomlay
Ooooooooooooooomlay
As
traduções das letras foram tiradas do site: http://letras.mus.br
se a tradução não é boa ou perfeita não vem ao caso, o
importante é ter ficado transparente a poesia desse grande poeta
chamado Syd Barret.
Se vc é fã do Syd vou colocar mais dois links, vale dar uma conferida:
http://www.recantodasletras.com.br/biografias/4127281
http://blog.cybershark.net/miguel/2010/04/09/syd-barrett-e-baudelaire/
quinta-feira, 11 de julho de 2013
O poeta que decorou o quarto
Trouxe adereços pra adornar nosso lar
As ruas são trincheiras, homens com fuzil
Precisamos de um ninho sob o céu anil
Precisamos da fuga e da serenidade do mar
Deitaremos no balanço do oceano para dormir
E nosso novo abajur será o cruzeiro do sul
Os lençóis serão de céu, estrelado ou azul
Travesseiros serão nuvens, pra no sono subir
No banheiro: nascente de rio, água pura constante
O despertador será um canto de sábia que insinua
Que o sonho faz uma pausa pra vida rompante
Ia trocar o grande espelho do teto pela lua
Adormecer vendo a lua, linda, serena, brilhante
Mas prefiro ver você linda, dormindo, nua
As ruas são trincheiras, homens com fuzil
Precisamos de um ninho sob o céu anil
Precisamos da fuga e da serenidade do mar
Deitaremos no balanço do oceano para dormir
E nosso novo abajur será o cruzeiro do sul
Os lençóis serão de céu, estrelado ou azul
Travesseiros serão nuvens, pra no sono subir
No banheiro: nascente de rio, água pura constante
O despertador será um canto de sábia que insinua
Que o sonho faz uma pausa pra vida rompante
Ia trocar o grande espelho do teto pela lua
Adormecer vendo a lua, linda, serena, brilhante
Mas prefiro ver você linda, dormindo, nua
terça-feira, 9 de julho de 2013
Inveja, ciúme, vingança, cobiça...
Um mau sentimento
É uma doença assintomática
Que mata em silêncio
quinta-feira, 4 de julho de 2013
É ilegal, é imoral ou engorda
Pus capuz contrapus
Compus, um poema perigoso
Que fala do que nos seduz
Do que é repreensível e vergonhoso
Agi loucamente fogo no escuro
Sem pensar, sem pensar no futuro
Poema que fala de paixão
De algo imoral de que gostamos
Acender, ascender, balão
Compus, um poema perigoso
Que fala do que nos seduz
Do que é repreensível e vergonhoso
Agi loucamente fogo no escuro
Sem pensar, sem pensar no futuro
Poema que fala de paixão
De algo imoral de que gostamos
Acender, ascender, balão
segunda-feira, 1 de julho de 2013
Olhar para si mesmo não te impede de olhar para frente!
Viagem nome vida
Não tiro os olhos da estrada
Nem das cicatrizes
Imagem retirada do site: Wikimedia commons
File: Estrada.jpég
Author: lilogoes2011
imagem de domínio público
Naufrágio, de William Turner

Nas trevas, buscai
A luz. Não serve o farol
Quando nasce o sol
imagem retirada do site: wikimedia commons
File: Focinho do cabo lighthouse.jpeg
author: Alberto perdomo
imagem de uso livre e distribuição
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